Quarta-feira, 23 de Maio de 2007

Poesia... Sonhos e Verdades

A vida do poeta é sempre um sonho

Os quais, às vezes, versos não traduzem

Mensagens puras que neles deponho...

São as saudades longas que reluzem.

 

Se sopram ventos fortes de agonia;

Se lágrimas gotejam pelo chão,

São sonhos de verdade do meu dia

Que marcam sentimentos e emoção.

 

Nas horas dos meus sonhos com enlevo

Por onde sublimado vou sozinho,

Em versos de alegria só escrevo

Os braços que me abrem com carinho.

 

Meu rosto de repente se transmuda;

Sou barco da existência em mar bravio

A face da tristeza se desnuda

E mostra as muitas fendas do navio!

 

Eu olho e sigo as linhas do infinito

Buscando sem saber o que é verdade;

Viajo com meus sonhos em conflito,

Sou barco solto ao léu na tempestade.

 

Os sonhos quentes e verdades frias

Marcam enfim deste poeta a vida;

Persegue estrelas e acalenta os dias

Que lhe pertencem na cruel corrida!..

(nunca liguei aos numeros mas sim ás visitas, acho que chegou a hora de agradecer a todas elas, sejam amigos ou inimigos, a dedicação e amizade com que me tratam. Agradeço os poemas dados, comentários oferecidos mas principalmente o AMOR dedicado...BEM HAJAM como se diz na minha terra...Fernando Neto.)


publicado por efeneto às 23:48
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Terça-feira, 22 de Maio de 2007

RUÍNAS

Se é sempre Outono o rir das Primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair...
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!

E deixa sobre as ruínas crescer heras,
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino das Quimeras!

Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais alto do que as águias pelo ar!

Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!... Deixa-os tombar... Deixa-os tombar.

Florbela Espanca

(poema para quem gosta...como eu)


publicado por efeneto às 22:40
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Sexta-feira, 18 de Maio de 2007

OLHO DE PERTO A TRISTEZA.

Olho de perto a tristeza

daquele olhar inexpressivo

que contempla indiferente,

as feições da escuridão.

O seu horizonte sempre igual

não é melancolia nem paisagem vulgar

mas apenas o murmúrio

da sua amarga condição.

Olho de perto a tristeza

daquele rosto tostado

por um sol que nunca viu.

Fixo a sua expressão imóvel,

e reparo na nobreza

da sua alegria apagada.

Olho de perto a sua mão

que apenas pode pedir

dez tostões de sobrevivência

para uma côdea de pão.

Poiso toda a minha vontade

naquela mão nodosa e magra

tão honesta quanto o espírito.

Oiço a tua voz numa prece

pedir ao Senhor Omnipotente

que apague toda a tristeza

do meu olhar indiferente.

Sigo pensativo meditando na voz dócil

que serena desenhada

o que a sua mente descobrira.

Realidade desconcertante

sem explicação aparente!

Como viram seus olhos sem vida

o que o teu olhar não sente?

                                                F Neto


publicado por efeneto às 16:28
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Domingo, 13 de Maio de 2007

Melancolia

alvo.jpg

Saio e entro na noite

sem lanternas nos olhos

nem medo a fingir coragem

triste apenas de estar sozinho

comigo,

de mãos dadas comigo,

estas árvores do passeio

( são verdadeiras estas árvores )

fazem-me sonhar poesia

de rouxinóis cantando,

ou romanos vermelhos

de amantes perseguidos,

pobres amantes clandestinos.

 

O Outono começa a ser real

a semear melancolia nos caminhos,

o vento abandona-se ( quem diria! )

ás folhas sonâmbulas

sem pudor das estrelas que vigiam

os devaneios da noite lá em cima.

 

Reabro a porta da minha solidão

e entre, mas só.

A noite deixo-a aos amantes

e aos mendigos, aos felizes afinal.

 

Ah! Este silêncio!

Já me doem os sentidos.

 

                                                                                F. Neto


publicado por efeneto às 00:48
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Quinta-feira, 10 de Maio de 2007

LÓLINDIR TINÚVIEL

Senti teu apelo soturno
E vim dar-te à mão neste momento
Anda, segura !
Bem sei , grande é teu desalento
Vem meu amigo que te ajudo.
Quisera poder estar tão perto
Tão próximo, que conseguisse tocar,
E nesse toque a magia selar
O sortilégio que sagrado está.

Quisera poder de você cuidar,
Quisera que fosse mais que admirador
Nas agruras por que passas,
Quisera ser as asas que os sonhos embalam

Sinta, tente perceber
Me fiz etérea e te abraço
Tirando de ti todo o cansaço
Toda dor que carregas.

Vem, estende a mão, fica comigo
Doce enlevo, afectuoso feiticeiro
Que as lágrimas dessa "tîwele"
Irão servir- te de unguento
Para as cicatrizes da alma.

Vem, vamos ao teu mundo,
Nosso mundo agora,
Onde atingiremos o céu sem demora
Somos magos, encantados,
Temos a magia nas mãos
E o que é melhor dentro do coração.

Vem, sou teu porto seguro,
Nele te amparo, te curo
E sussurro a incansável eufémia
Que nos une nas brumas da magia,
Nas lendas que não são mais fantasias.

By Eärwen Tucalkelumë

http://www.lady-phoenix.blogspot.com/


publicado por efeneto às 20:14
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Segunda-feira, 7 de Maio de 2007

Uma Canção feita de Mim

A música do momento
tudo quer de mim um pouco
e, pouco a pouco
vai levando o muito que há em mim
neste som, nestas teclas, nestas notas
cordas
caminho onde deslizo
meus dedos acompanham
este som que vem daqui
o rítmo, as batidas
sentidas
do som que vem de dentro
meu coração está assim
com saudades de mim.
                                                        O Sentir dos sentidos
http://comsentidocom.blogspot.com
(Obrigado amiga pelo seu miminho)

publicado por efeneto às 13:52
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Sábado, 5 de Maio de 2007

Para ti Mãe…

Introdução: Vai ser Dia da Mãe. Mas, eu não tenho mãe, no Bilhete de Identidade está "filho de mãe incógnita". Mas tenho uma MULHER a quem chamo MÃE desde os 3 anos de idade e chamarei MÃE até ao fim da minha existencia. Julgo que pela primeira vez na vida vou ser egoísta e dedicar este poema só a ela. Á MINHA MÃE...

Se um dia não te puder dizer

Que te beijei mil vezes em sonho

E que ajoelhado perante o impossível

Te pedi mil vezes perdão,

                               

                                   APESAR DISSO CANTA....

Se te fiz curvar a cabeça derrotada

Perante a altivez da minha voz amarga

Essas lágrimas em fio choradas

Não te fizeram sentir os meus remorsos,

                                  APESAR DISSO CANTA...

Se tu não acreditares que em mim se adianta

A tortura de não te poder dizer tudo isto

Porque a garganta se me seca e se contrai

E te manténs considerando-me ingrato,

                                  APESAR DISSO CANTA...

Porque elevada a tua voz

Me nasceram forças para te dizer

                                 PERDOA-ME MÃE!

barfolh7barfolh7barfolh7

Pour toi, mère

 

Si un jour je ne peux te dire

Que mil fois je t`ai embrassé en rêve

Et qu`à genoux face à l`impossible

Mil fois je t`ai demandé pardon

 

Malgré tout chante...

 

Si je t`ai fait courber vaincue

Face à la fierté de ma voix amère

Ces larmes en fil pleurées

Ne t`ont pas fait sentir mes remords

 

Malgré tout chante...

 

Si tu ne crois pas qu`en moi s`avance

La torture de ne pouvoir tout te dire

Parce que ma gorge sèche et se contracte

Et tu te maintiens et me considère ingrat

 

Malgré tout chante...

 

Une fois élevée ta voix

Me sont nées des forces pour te dire

 

Pardonne-moi, mère!

                                                                                F. Neto

(Queria agradecer á minha amiga Manuela pela tradução.)

 


publicado por efeneto às 11:17
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Quarta-feira, 2 de Maio de 2007

VIDA NUMA LÁGRIMA PERDIDA

Pelas ruas estreitas da madrugada

perdido nesta bruma incompleta

do sonho e da meditação,

meus passos arrastados

respiram minutos de solidão.

Vestido de nostalgia

a ternura cálida

dum amor consciente.

Sinto-me só,

só, nesta madrugada fria

só, sem o calor dos teus lábios meigos

só, sem o delírio dos teus lábios ardentes

só, sem o suspiro do teu corpo diferente.

Queria ser vida!

VIDA NUMA LÁGRIMA PERDIDA

que esta saudade madrasta

as horas da noite arrasta

em milénios de reflexão.

Meu corpo cansado

indiferente aos sorrisos

de lábios comprados,

o teu tão distante deseja.

Num murmúrio escaldante

teu nome desenho sem tinta nem papel

apenas amor me basta!

Amor que é teu

tão teu, mulher querida,

porque apenas tu

em paixão o transformas-te.

                                                                                  F. Neto


publicado por efeneto às 12:52
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