Parado, alheio a tudo, indiferente,
o meu olhar se perde no infinito,
meu mundo interior é diferente,
eu guardo a estranha calma dum aflito.
Não posso traduzir o que a alma sente
palavras desconexas eu repito;
falo sozinho, calmo, e de repente
em ânsia de revolta solto um grito!
Meu cérebro fervilha em confusão,
as imagens se cruzam sem cessar
não consigo firmar minha atenção
delírios de grandeza... depressão...
uma vontade louca de gritar
- Senhor, senhor, devolva-me a razão!!
F. Neto
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