Olá amigos.
Por questão de funcionalidade mudei de residência e de nome pois a vida é feita de mudanças. Canalizo deste modo todos os meus amigos para o meu novo espaço de poesia, e agradeço a alteração do meu link a todos os amigos que o possuem nos seus espaços. Não tenham receio que a alteração é apenas de espaço e de nome pois a linha editorial continua a mesma. O meu novo espaço é o seguinte:
...o Grito de um Poeta...
Vou agradecer desta maneira o seguinte prémio que recebi da minha amiga:
Do mesmo modo que o papel-moeda circula no lugar da prata, também no mundo, no lugar da estima verdadeira e da amizade autêntica, circulam as suas demonstrações exteriores e os seus gestos imitados do modo mais natural possível
A amizade verdadeira e genuína pressupõe uma participação intensa, puramente objectiva e completamente desinteressada no destino alheio; participação que, por sua vez, significa identificar de facto com o amigo. Todavia, há muitas relações entre os homens que, embora se baseiem essencialmente em motivos egoístas e ocultos de diversos tipos, passam a ter um grão daquela amizade verdadeira e genuína, o que as enobrece ao ponto de poderem, com certa razão, ser chamadas de amizade nesse mundo de imperfeições.
Nada é mais agradável à alma do que uma amizade terna e fiel. É bom encontrarmos corações atenciosos.
E porque a amizade é um contínuo dar e receber para uma realização plena, aqui vão seis amigos:
Nas tuas mãos um papel
Pode ser de mil cores
Um soldado sem quartel
Ou um jardim com flores
Um avião que não pousa
Uma bala que não mata
Um cavalo sem arreata
Que não conhece senhor
Um irmão com quem tu brincas
À apanha, e ao pião
Um pão quente que tu trincas
Como só se trinca o pão
Pai que te faz companhia
Nos teus sonhos sempre belos
Uma mãe quente e macia
E que te afaga os cabelos
Tudo quanto a vista alcança
E possas imaginar
Que só tu doce criança
Consegues reinventar.
Mário Margaride
http://avano2006.blogspot.com/
(um poema gentilmente oferecido pelo amigo Mário)
A vida do poeta é sempre um sonho
Os quais, às vezes, versos não traduzem
Mensagens puras que neles deponho...
São as saudades longas que reluzem.
Se sopram ventos fortes de agonia;
Se lágrimas gotejam pelo chão,
São sonhos de verdade do meu dia
Que marcam sentimentos e emoção.
Nas horas dos meus sonhos com enlevo
Por onde sublimado vou sozinho,
Em versos de alegria só escrevo
Os braços que me abrem com carinho.
Meu rosto de repente se transmuda;
Sou barco da existência em mar bravio
A face da tristeza se desnuda
E mostra as muitas fendas do navio!
Eu olho e sigo as linhas do infinito
Buscando sem saber o que é verdade;
Viajo com meus sonhos em conflito,
Sou barco solto ao léu na tempestade.
Os sonhos quentes e verdades frias
Marcam enfim deste poeta a vida;
Persegue estrelas e acalenta os dias
Que lhe pertencem na cruel corrida!..
(nunca liguei aos numeros mas sim ás visitas, acho que chegou a hora de agradecer a todas elas, sejam amigos ou inimigos, a dedicação e amizade com que me tratam. Agradeço os poemas dados, comentários oferecidos mas principalmente o AMOR dedicado...BEM HAJAM como se diz na minha terra...Fernando Neto.)
Se é sempre Outono o rir das Primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair...
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!
E deixa sobre as ruínas crescer heras,
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino das Quimeras!
Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais alto do que as águias pelo ar!
Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!... Deixa-os tombar... Deixa-os tombar.
Florbela Espanca
(poema para quem gosta...como eu)
Olho de perto a tristeza
daquele olhar inexpressivo
que contempla indiferente,
as feições da escuridão.
O seu horizonte sempre igual
não é melancolia nem paisagem vulgar
mas apenas o murmúrio
da sua amarga condição.
Olho de perto a tristeza
daquele rosto tostado
por um sol que nunca viu.
Fixo a sua expressão imóvel,
e reparo na nobreza
da sua alegria apagada.
Olho de perto a sua mão
que apenas pode pedir
dez tostões de sobrevivência
para uma côdea de pão.
Poiso toda a minha vontade
naquela mão nodosa e magra
tão honesta quanto o espírito.
Oiço a tua voz numa prece
pedir ao Senhor Omnipotente
que apague toda a tristeza
do meu olhar indiferente.
Sigo pensativo meditando na voz dócil
que serena desenhada
o que a sua mente descobrira.
Realidade desconcertante
sem explicação aparente!
Como viram seus olhos sem vida
o que o teu olhar não sente?
F Neto
Saio e entro na noite
sem lanternas nos olhos
nem medo a fingir coragem
triste apenas de estar sozinho
comigo,
de mãos dadas comigo,
estas árvores do passeio
( são verdadeiras estas árvores )
fazem-me sonhar poesia
de rouxinóis cantando,
ou romanos vermelhos
de amantes perseguidos,
pobres amantes clandestinos.
O Outono começa a ser real
a semear melancolia nos caminhos,
o vento abandona-se ( quem diria! )
ás folhas sonâmbulas
sem pudor das estrelas que vigiam
os devaneios da noite lá em cima.
Reabro a porta da minha solidão
e entre, mas só.
A noite deixo-a aos amantes
e aos mendigos, aos felizes afinal.
Ah! Este silêncio!
Já me doem os sentidos.
F. Neto
Senti teu apelo soturno
E vim dar-te à mão neste momento
Anda, segura !
Bem sei , grande é teu desalento
Vem meu amigo que te ajudo.
Quisera poder estar tão perto
Tão próximo, que conseguisse tocar,
E nesse toque a magia selar
O sortilégio que sagrado está.
Quisera poder de você cuidar,
Quisera que fosse mais que admirador
Nas agruras por que passas,
Quisera ser as asas que os sonhos embalam
Sinta, tente perceber
Me fiz etérea e te abraço
Tirando de ti todo o cansaço
Toda dor que carregas.
Vem, estende a mão, fica comigo
Doce enlevo, afectuoso feiticeiro
Que as lágrimas dessa "tîwele"
Irão servir- te de unguento
Para as cicatrizes da alma.
Vem, vamos ao teu mundo,
Nosso mundo agora,
Onde atingiremos o céu sem demora
Somos magos, encantados,
Temos a magia nas mãos
E o que é melhor dentro do coração.
Vem, sou teu porto seguro,
Nele te amparo, te curo
E sussurro a incansável eufémia
Que nos une nas brumas da magia,
Nas lendas que não são mais fantasias.
By Eärwen Tucalkelumë
Introdução: Vai ser Dia da Mãe. Mas, eu não tenho mãe, no Bilhete de Identidade está "filho de mãe incógnita". Mas tenho uma MULHER a quem chamo MÃE desde os 3 anos de idade e chamarei MÃE até ao fim da minha existencia. Julgo que pela primeira vez na vida vou ser egoísta e dedicar este poema só a ela. Á MINHA MÃE...
Se um dia não te puder dizer
Que te beijei mil vezes em sonho
E que ajoelhado perante o impossível
Te pedi mil vezes perdão,
APESAR DISSO CANTA....
Se te fiz curvar a cabeça derrotada
Perante a altivez da minha voz amarga
Essas lágrimas em fio choradas
Não te fizeram sentir os meus remorsos,
APESAR DISSO CANTA...
Se tu não acreditares que em mim se adianta
A tortura de não te poder dizer tudo isto
Porque a garganta se me seca e se contrai
E te manténs considerando-me ingrato,
APESAR DISSO CANTA...
Porque elevada a tua voz
Me nasceram forças para te dizer
PERDOA-ME MÃE!
Pour toi, mère
Si un jour je ne peux te dire
Que mil fois je t`ai embrassé en rêve
Et qu`à genoux face à l`impossible
Mil fois je t`ai demandé pardon
Malgré tout chante...
Si je t`ai fait courber vaincue
Face à la fierté de ma voix amère
Ces larmes en fil pleurées
Ne t`ont pas fait sentir mes remords
Malgré tout chante...
Si tu ne crois pas qu`en moi s`avance
La torture de ne pouvoir tout te dire
Parce que ma gorge sèche et se contracte
Et tu te maintiens et me considère ingrat
Malgré tout chante...
Une fois élevée ta voix
Me sont nées des forces pour te dire
Pardonne-moi, mère!
F. Neto
(Queria agradecer á minha amiga Manuela pela tradução.)
Pelas ruas estreitas da madrugada
perdido nesta bruma incompleta
do sonho e da meditação,
meus passos arrastados
respiram minutos de solidão.
Vestido de nostalgia
a ternura cálida
dum amor consciente.
Sinto-me só,
só, nesta madrugada fria
só, sem o calor dos teus lábios meigos
só, sem o delírio dos teus lábios ardentes
só, sem o suspiro do teu corpo diferente.
Queria ser vida!
VIDA NUMA LÁGRIMA PERDIDA
que esta saudade madrasta
as horas da noite arrasta
em milénios de reflexão.
Meu corpo cansado
indiferente aos sorrisos
de lábios comprados,
o teu tão distante deseja.
Num murmúrio escaldante
teu nome desenho sem tinta nem papel
apenas amor me basta!
Amor que é teu
tão teu, mulher querida,
porque apenas tu
em paixão o transformas-te.
F. Neto
Hei, Pai!...
Dono da coragem e da força!
Tens virtudes de um verdadeiro homem…
Um homem que sabe compreender os passos da vida…
E a maneira certa de ensinar o que é viver.
Que a tua coragem e força se tornem cada vez mais imensas,
Que a cada amanhecer os teus olhos brilhem de amor
E que o teu oração siga a direcção da verdade.
Parabéns pelo teu dia…
És o melhor pai do mundo…
Feliz aniversário,
Meu Pai!!!
Muitos Beijinhos…
Adoramos-te!
Obrigado meus "meninos"...
Palavras recebidas de quem mais amo neste dia de aniversário. Obrigado meus "meninos".
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.
Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:
Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?
Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?
E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!
Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Ary dos Santos
No Dia Mundial do Trabalhador a homenagem a quem admiro.
Sim, o mais desesperante
Não é querer o impossível
É não alcançar o possível
Algo me retém....
Possivelmente todo o meu esforço
Em sobreviver
Em me manter o de sempre
Só me leva para bem longe de mim,
Faz-me acreditar no que não existe
Conduz-me a sítios que acentuam:
A satisfação perdida
O aconchego perdido
A esperança perdida .
Tudo o que tento encontrar,
Para esconder o vazio,
Para disfarçar a apatia
Me conduz ao desespero
À loucura.
Pára de procurar o que não se encontra,
Pára de querer o inatingível,
Pára e sente.
Mas sente !
A paz passa pela lucidez,
Pela veracidade dos sentimentos,
Pela realidade onde vives,
E não sabes que vives,
Vê tudo o que tem de ser visto,
A luz que imana de ti
O branco que te assusta
Olha, mas vê!
Deixa o instinto conduzir-te
Aos fantasmas dos vivos,
Que um dia morreram em ti.
Pois só aí se libertará
Quem há muito está aprisionado.
A clausura cessará
A borboleta voará
Leve, ao sabor do vento
Guiada pelos raios de sol
Pelo brilho da lua,
Em direcção ao horizonte,
Sem rota marcada.
ter-te...é caminhar pela vida confiante...
sem medo de errar...mesmo errando
sem medo de me entregar...já me entregando
andar pelas flores...mesmo com arranhões...
ter-te...é querer ser melhor, é querer
dar o melhor de mim
é ver as coisas de uma melhor forma
é ter força para lutar...crer...vencer...
é poder olhar-te nos olhos a cada chegada
ficar com saudades a cada ida...
ir contigo!
ter-te...é ter-me a mim mesma...
é olhar no meu coração
e ver que nele pulsa a minha vida...
pulsas TU!
AMO-TE!
=**Estrelademim**=
http://lobasilveira.blogs.sapo.pt/
(Obrigado pelo miminho que me deu...efeneto)
Todos os dias a menina alegre
Passeava correndo no jardim
Atrás do pássaro voador
Que num corrupio sem fim
Dançava só para ela!
E a menina cantava:
«Vem passarinho bonito,
Vem cheirar a tua flor!»
Cantarolava encantada
Pelo rodopiar do amigo.
E a flor abria-se só para eles,
Generosa de cheiros tão bons
Como os da nossa infância...
Era o nariz da menina
E o bico do passarinho
A espirrar de alegria
Numa brincadeira sem fim...
Porque ser criança é assim
E assim deve ser.
Manuela B.
Há uma criança,
Pomba branca na procura.
Há um soldado que parte,
Na sombra para a sepultura.
Há uma voz que desperta
Num eco feito razão,
Na garganta do poeta
Que ao mundo grita NÂO.
Há no voar das gaivotas,
Um cheiro que paira no ar.
Sei que este Inverno vai acabar.
Não haverá sonhos mutilados,
A paz é um país a conquistar
Ao sabor do perfume dos cravos.
Sei que a Primavera vai despertar
No sol de Abril em verdade,
Sei que os rios desaguam no mar
E a nossa voz na liberdade.
Há no silêncio da guerra
As asas dos problemas,
Há no lavrar desta terras
Um lavrador com algemas.
Há uma bomba que rebenta,
No céu, um poema que rima
Há um carrasco que não morre
Ao lembrar-se de Hiroshima
Sei que a Primavera vai despertar...
Mes écrits sont l`existence que vit tout Être à un moment donné...Qui n`a pas connu un amour qui était et qui n`est plus que nostalgie, disparu le temps d`un instant?
Je parle de toi au vent, au soleil du fragile matin
Je murmure aux pierres du chemin
Résistantes, indifférente aux caresses
D`un temps oublié de tendresses
Je suis celle qui innocente attend
Le baiser d`une étoile dans le temps
Les miens, jettés au vent, sans retour
N`ont pas connu mon amour
La nuit en sombres se dévoile
Et j`insiste en une mer d`étoiles...
Mes yeux ne voient que l`obscur
Qui affole mon âme pure
Qui est lá?
Qu`est ce tourbillon d`étranges lumières?
Seul me répond l`inconscience
D´une mémoire oubliée dans le temps
Et mon âme, lasse, s`envole
Emportée par le vent, le temps d`un instant...
Manuela B
http://lebaladin.canalblog.com/
O agradecimento que os amigos merecem...F. Neto
* Poesia... Sonhos e Verdad...
* RUÍNAS
* ...Poeta castrado, não!.....
* A menina, o pássaro e a f...
* Sei que a Primavera vai d...