Sábado, 3 de Março de 2007

A NOITE SEM TREVAS ...

O meu corpo de boémia
sai pelas ruas da noite
a tombar pelas esquinas
sempre á procura
de um segredo inexistente.
serei eu um poeta?
Há!... Quem me dera
em palavras de dedos
inventar uma madrugada feminina
com o perfume de uma rosa desmaiada
sobre a minha almofada incestuosa.
Moldar os seus seios com sílabas macias
enquanto os seus lábios de luta se entregam á liberdade.
Mas o seu cabelo,
o seu cabelo com pingos de sonho
liso de orvalho
 teria cadeias de vento domando tempestades.
 
Mas não, ando por aqui
num jardim adolescente
a plantar estrelas vivas nestas ruas desertas
e a chorar solidão...
esta ave de rapina
com o rosto de uma Deusa.
                                       F. Neto

publicado por efeneto às 01:35
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De mellopaulo a 22 de Março de 2007 às 12:29
Relendo o poema... e ainda perguntas "serei eu um poeta?" .

És sim, amigo, e dos grandes!


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