O meu corpo de boémiasai pelas ruas da noitea tombar pelas esquinassempre á procurade um segredo inexistente.serei eu um poeta?Há!... Quem me deraem palavras de dedosinventar uma madrugada femininacom o perfume de uma rosa desmaiadasobre a minha almofada incestuosa.Moldar os seus seios com sílabas maciasenquanto os seus lábios de luta se entregam á liberdade.Mas o seu cabelo,o seu cabelo com pingos de sonholiso de orvalho teria cadeias de vento domando tempestades. Mas não, ando por aquinum jardim adolescentea plantar estrelas vivas nestas ruas desertase a chorar solidão...esta ave de rapinacom o rosto de uma Deusa. F. Neto